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sexta, 13 de dezembro de 2024
Sexta-feira 13

Lobisomem da Vila Monteiro, A moça que dançou com o diabo; confira lendas as são-carlenses

13 Dez 2024 - 13h19Por Da redação
A mulher que fançou com o diabo é uma das lendas mais conhecidas - Crédito: reprodução/Fundação Pró MemóriaA mulher que fançou com o diabo é uma das lendas mais conhecidas - Crédito: reprodução/Fundação Pró Memória

Hoje é sexta-feira 13. Conheça algumas lendas urbanas conhecidas da população são-carlese.

A MOÇA QUE DANÇOU COM O DIABO

A moça que dançou com o diabo é um dos causos do período da Quaresma mais conhecidos e propagados em São Carlos, devido principalmente a música de Vieira e Vieirinha, “A moça que dançou com o diabo”, de 1953 que fixou a lenda na nossa cidade.

Contudo, essa é uma história encontrada no país todo, marcada por algumas diferenças locais, mas que não perdem o cerne do causo: a moça que desobedece os pais e vai a uma festa na sexta-feira santa e acaba nos braços do coisa-ruim.

É preciso ainda salientar que esta história ainda é contada, de formas atualizadas e com cenários diferentes, em vários países – recentemente,, nós ouvimos adaptações dessa história para a atualidade e para a Cidade do México.

LOBISOMEM DA VILA MONTEIRO

(Casos e causos baseados em relatos orais de moradores de São Carlos que, gentilmente, compartilharam suas histórias de criança)

“Pelos lados da Vila Monteiro, em meados dos anos 1960, alguns moradores notaram a presença de uma figura muito assustadora. Era um lobisomem.

Numa das casas daquela região da cidade, ao cair na noite, uma presença enlouqueceu os cachorros da vizinhança e algumas pessoas avistaram uma criatura estranha acuada sob uma janela. Logo suspeitaram da presença do lobisomem, pelos rumores que vinham sendo notícia entre os moradores. Primeiro, pensaram em acabar com a criatura, porém logo desistiram, receosos da sina que girava em torno da figura.

Reza a lenda que o sétimo filho de uma família se transformaria em lobisomem se não fosse batizado pelo irmão mais velho. Na época, se lembraram que sua maldição seria herdada por seu assassino, caso esse o matasse durante sua transformação e, por isso, desistiram de vez de acabar com ele.

Decidiram, então, que o melhor a fazer era se afastar daquela criatura e permitir que ela cumprisse o seu destino de cruzar sete porteiras de sete fazendas em noite de Lua cheia.

Desse evento restaram apenas os pelos do homem-animal, presos na cerca durante sua fuga.”

Para saber mais, leia “Histórias curiosas de São Carlos”, de FPMSC e Estúdio Lucidi. Disponível na lojinha do Museu de São Carlos (estação ferroviária)

Imagem: Ilustração do livro “Histórias curiosas de São Carlos” (p.26), de FPMSC e Estúdio Lucidi.

 

O BONDE DO CEMITÉRIO

O folclore são-carlense está repleto de lendas e histórias curiosas. Dentre elas selecionamos uma conhecida como o “Bonde fantasma”, que narra os eventos acontecidos no ponto final da linha 1, em frente ao cemitério Nossa Senhora do Carmo. Lá Havia uma grande cruz de madeira, do lado de dentro do cemitério e, próximo ao muro, estava localizado um necrotério. O lugar era ideal para despertar a imaginação e o medo das pessoas, pois havia poucas luzes, e quase ninguém circulava neste local. O motorneiro e o condutor estavam no fim do expediente e o bonde seria levado à garagem que situada na rua Padre Teixeira. De repente, escutaram um barulho próximo ao portão do cemitério. Ambos ficaram amedrontados! Foi quando viram uma estranha cabeça aparecer sobre o muro. O motorneiro tomado pelo pavor saiu em disparada pela Avenida São Carlos, deixando seu colega para trás. O condutor, que não se deixou levar pelo medo, saiu e espiou cuidadosamente o que seria aquela aparição misteriosa.

Enfim... era apenas um bêbado que, para não ser incomodado em suas noites de bebedeira, havia feito de um túmulo a sua cama e que ao perceber que havia pessoas por perto, resolveu subir no muro, surpreendendo os trabalhadores.

E essa é uma das historinhas curiosas que continuam sendo contadas até hoje sobre o bonde do cemitério....

Foto: Bonde de passageiros que servia a linha do cemitério Nossa Senhora do Carmo, 1937. Acervo APH-FPMSC

Fonte: Fundação Pró-Memória
 

 

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