O vocalista e guitarrista Rodrigo Lanceloti está na estrada do rock há mais de 30 anos. Neste período, tocando guitarra e cantando, ele já percorreu 32 países e conheceu inúmeros músicos de renome internacional. Ele ressalta que é feliz em rodar o mundo e poder voltar para seu lar na Vila Prado, em São Carlos.
Ao SÃO CARLOS AGORA ENTREVISTA, Lanceloti afirmou que logo em sua primeira viagem de avião foi parar na China em 2003 e 2024, onde, juntamente com o baterista Marinho e outros integrantes da Banda Sigla, ficou vários meses no país asiático. “No meu primeiro voo foram 27 horas de viagem. Depois disso tudo ficou perto, só a Lua ficou distante. Na China conheci o Lorde, um cara que é fabricante de pedais que estava numa feira musical na China. Tocava na China com o Marinho, o Dênis, o Leo de Brotas, o Fernando de Bauru. A banda foi contratada para tocar MPB. Eu já tinha tocado em banda de baile”, destaca ele.
Tocando na Bahia, ele conheceu o Nasi, do Ira!, com quem começou a tocar. Depois, acabou indo para os Estados Unidos, a convite do Lorde. E tocou também no México. “Fiquei três dias em Nova York, fiz 5 shows lá. Depois fui para a turnê no México. Lá é interessante, pois de San Diego a Tijuana você nota diferença. De um lado, nos EUA, você vê tudo organizado, e no México tudo mais bagunçado. Porém, os mexicanos se diferenciam no calor humano e você acaba se enturmando muito mais fácil com eles. Fizemos dez shows. Tocamos num bar que era dos anos 1970, muito arrumado, mas com decoração muito antiga. Passamos por Tampico, Guadalajara e víamos passando pelas estradas caminhonetes com um monte de caras armados com metralhadoras e com máscaras. Não sei se eram bandidos ou policiais, mas nos sentíamos numa filmagem de série do Netflix. Fazíamos viagens de 12 horas num Santana. A gente chegou cansado e o show foi cancelado porque não haviam pago a máfia local”, destacou ele. Lanceloti também relata que tocou muito tempo tocando em navios. “Fui para o Uruguai, Argentina, Chile. Fui até para a Antártida. Mas lá só cientista que pode descer do navio”, comenta ele.
Lanceloti afirmou que chegou no Egito, onde conheceu as pirâmides. “Mas chegamos no meio de uma guerra. Eu e o Fred alugamos um taxi e fomos conhecer as pirâmides. São blocos de pedra enormes. A esfinge está com o narizinho meio dodói”, conta ele.
Em 1998, um dia antes de começar o SESC in Blues, Lancelotti, no dia 25 de novembro, tocou com o duo Madcat & Cane no Rola Papo, “abrindo” o festival. “Eu estava passando de carro e me pararam no meio da rua. A banda do Marinho, a Sigla, estava tocando no bar e me convidaram para acompanhar a dupla e lá fomos nós”, fala ele com bom humor. O festival reuniu ainda outros nomes de peso no blues e soul, como a banda Harmonica's Night, com Flávio Guimarães, Carey Bell e Madcat & Cane, Eddy Clearwater, veterano que aprendeu a tocar com Muddy Waters, Ike Turner, ex-marido e mentor musical da diva do pop dos anos 80 Tina Turner, além da Orquestra Paulista de Soul, Duke Robillard Band, Otis Clay, um dos maiores nomes do soul, a banda nacional de blues Big Alambik, seguida de Saffire (banda de mulheres que toca blues acústico), e o mestre Magic Slim e sua banda, The Teardrops. “Este festival foi sensacional. Muita gente nem acredita que o Iker Turner, marido da Tina Turner, esteve em São Carlos”, destaca ele.
Rodrigo Lanceloti é um músico de São Carlos com uma carreira de mais de 30 anos. Ele já se apresentou em mais de 30 países e trabalha com artistas renomados como Nasi (Ira!), com quem abriu o show do AC/DC para 65 mil pessoas no Morumbi. Lanceloti é guitarrista conhecido por misturar blues, rock clássico e psicodélico em projetos como o Lanceloti Experience. Ele contribuiu para o projeto social Blues na Escola e acompanhou Lord Bishop Rocks em turnês internacionais, incluindo a abertura de 20 shows da banda Nazareth. Também acompanha a cantora argentina de Soul e Blues Jes Condado.
Em 2024, participou da coletânea Hoje é Dia de Rock, gravando a música Cruel com produção de Sérgio Fouad (Titãs, Zeca Baleiro) e contando com a incrível bateria de P.G., do Tihuana.
O guitarrista já acompanhou alguns nomes como: Erasmo Carlos, Marcelo Nova (Camisa de Vênus) Kiko Zambianchi, Beto Bruno (Cachorro Grande) Rodrigo Santos (Barão Vermelho) a música não tem limites.