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Jorge Ben Jor faz o show em homenagem ao sesquicentenário de São Carlos

02 Nov 2007 - 22h55Por Redação São Carlos Agora

O cantor Jorge Ben Jor se apresenta neste sábado (3), a partir das 21h, no palco em frente à Catedral, no show “Sesc/SP homenageia São Carlos”, um presente do Sesc nas comemorações dos 150 anos de São Carlos.
A festa do sesquicentenário em frente à Catedral começa às 19h30 com a apresentação da Banda Marcial da Faber-Castell, sob a regência do maestro Robertinho Mori Roda.
Após a apresentação de Ben Jor é a vez da banda são-carlense Doce Veneno, com o Show da Virada, antecedendo a queima de fogos que acontece à meia- noite.
Irreverente e conhecido por frases como “para animar a festa” e “salve simpatia”, o cantor tem um repertório com músicas de grande sucesso cantadas país afora, casos de: Xica da Silva, Taj Mahal, Santa Clara Clareou, Que Maravilha, País Tropical, Filho Maravilha, Chove Chuva e A Banda do Zé Pretinho, entre outras.

Jorge Ben Jor – Sem bula explicativa e sem contra-indicações, assim é a obra de Jorge Ben Jor. Ele se interessou pela música quando a bossa-nova ainda dominava o cenário artístico brasileiro e mundial. Como a maioria dos adolescentes daqueles tempos, seu ídolo era João Gilberto, cuja voz coloquial despertava sua admiração. Mas Jorge Menezes, conhecido no mundo inteiro como Jorge Ben Jor passou a infância ouvindo Luiz Gonzaga e Ataulfo Alves. Em casa seus pais falavam de um certo Nelson Gonçalves que era crooner da orquestra de Severino Araújo. Ainda desta época lembra uma voz em especial, Cauby Peixoto, que um dia, décadas depois, viria a gravar uma de suas canções, Dona Culpa Ficou Solteira. Jorge Ben Jor explodiu com a música Mas Que Nada e logo em seguida ratificou seu talento com outro grande sucesso, Chove Chuva. Duas canções que nada tinham a ver com a bossa- nova, nem com o samba tradicional. Os puristas achavam que sua música era moderna demais. Era difícil para os músicos da época acompanhá-lo, tanto assim que seus primeiros discos foram gravados com um conjunto que tocava jazz no Beco das Garrafas, o Meireles e o Copa 5.
Assim, desde o início de sua carreira Ben Jor mostrou-se inovador. Como compositor, cantor, músico, bandleader e arranjador, Ben Jor é único. É impossível classificar sua música e seu balanço, que são inconfundíveis. Mas “esse samba que é misto de maracatu”, marca registrada de Jorge Ben Jor, encontrou espaço no mundo todo e tornou-se sucesso universal. Ele é a única unanimidade brasileira. Respeitado e acolhido com respeito, por todos os artistas, em todos os movimentos musicais, desde o pós-bossa nova até nossos dias. Artistas remanescentes da bossa nova, como o Tamba Trio, Pery Ribeiro e Walter Wanderley gravaram Mas Que Nada e outras composições suas. Mas Que Nada foi a única música em português a alcançar o primeiro lugar entre as músicas mais tocadas nos Estados Unidos em todos os tempos.
Notável também é a influência que, indiscutivelmente, Ben Jor exerceu sobre dezenas de grupos de pagode. Leandro Leart convidou-o para participar do especial MTV do Art Popular e do disco que nasceu deste show. O mesmo aconteceu com o Só Pra Contrariar, e Jorge teve uma importante participação num dos álbuns do conjunto mineiro, tocando e cantando. A música da Bahia também rendeu homenagens a Jorge. Carlinhos Brown é seu admirador. Daniela Mercury gravou País Tropical e Ivete Sangalo fez um dueto sensacional com ele em Por causa de Você, Menina. As músicas dele sempre estão em cima dos trios elétricos.
O rock, o pop e o reggae também usufruíram de suas criações. Os Paralamas regravaram Charles Anjo 45, o Skank incluiu Cadê o Penalty e Cuidado com o Buldogue, em seu repertório, Lulu Santos gravou Minha Estrela do Oriente e o Cidade Negra trouxe-nos sua leitura de O Homem da Gravata Colorida. E o Sepultura gravou um de seus maiores sucessos, que foi Ponta de Lança Africana (Ubabaraúma).


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