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sexta, 24 de janeiro de 2025
Transição demográfica

Envelhecimento da população são-carlense turbina serviços ligados à qualidade de vida

Aproximadamente 13% dos habitantes têm 65 anos ou mais, indicando maior demanda por serviços médicos e de exercícios físicos

24 Jan 2025 - 16h39Por Da redação
População idosa: Casagrande destaca que o novo cenário etário traz espaço para profissões ligados à geriatria e também para terapeutas ocupacionais, todos os serviços de saúde - Crédito: divulgaçãoPopulação idosa: Casagrande destaca que o novo cenário etário traz espaço para profissões ligados à geriatria e também para terapeutas ocupacionais, todos os serviços de saúde - Crédito: divulgação

A transição demográfica da população brasileira que, segundo o Censo 2022, fez o número de idosos 57,4% com relação ao levantamento anterior, ocorrido em 2010, abre oportunidades para o avanço de setores econômicos de produtos e serviços ligados à qualidade de vida. Se enquadram nesta conjunto, como segurança, saúde, entretenimento e aproveitamento do tempo ocioso de forma saudável e prospectiva no sentido de autocuidados. 

A idade média da população de São Carlos é de 38,4 anos, um aumento em relação a 2010, quando era de 34,8 anos. Aproximadamente 13% dos habitantes têm 65 anos ou mais, indicando maior demanda por serviços voltados à saúde e qualidade de vida.
Cerca de 83% da população está em idade economicamente ativa, o que reflete o potencial de consumo e geração de renda do município.
“Vão crescer os serviços de saúde, de atividades física, de cultura, lazer e esportes adaptados, tudo buscando o prolongamento da vida. Normalmente estas atividades são ligadas à saúde, estética e turismo. Quanto maior a faixa de renda maior qualitativo o uso do tempo e dos recursos. Quanto mais baixa, mais o investimento na própria família”, afirma o economista Elton Casagrande. 
Casagrande destaca que o novo cenário etário traz espaço para profissões ligados à geriatria e também para terapeutas ocupacionais, todos os serviços de saúde voltados à manutenção e prevenção de quadros mais graves e atuação nos tratamentos. “Veja a multiplicação de farmácias e consultórios médicos e paramédicos em todas as cidades. Em termos educacionais há ligação com jovens e pessoas maduras. Existe a ampliação de conhecimentos em idiomas e outros aspectos educacionais que podem ser valorizados. Crescem as profissões que lidam também com aposentados, pois hoje em dia ninguém mais fica apenas vendo TV”, destaca. 

Uma cidade prepara para receber os idosos, que é um público consumidor em potencial, oferecendo boas condições de qualidade de vida, segundo o economista é algo bastante raro no Brasil.  “Acredito que um grupo muito pequeno de cidades está adaptado ou em condições de atrair idosos. Segundo ele, para tanto é necessário um serviço de transporte de qualidade e adaptado às necessidades dos idosos. “Os veículo têm que ser muito apropriados para ser utilizado em escala. Outro serviço que tem que ter alta qualidade é a saúde e, logo atrás, podemos destacar a importância de segmentos como educação, cultura e lazer. Mas as cidades, para promover tudo isso, tem que ter uma condição urbana de recuperação de áreas públicas com segurança e arborização para reduzir a temperatura e também praças bem cuidadas, rede elétrica adequada e inclusive, saneamento básico de qualidade sem carências”, explica Casagrande. 
Segundo ele, as políticas públicas das cidades ficam devendo na hora de entregar as boas opções para os idosos. “Precisamos de uma avaliação por parte da população. Em desconfio que as cidades não tem muita preocupação com estas medidas”, conclui ele.   

POPULAÇÃO IDOSA CRESCEU QUASE 60% - A estrutura etária da população brasileira sofreu transformações significativas ao longo dos últimos anos. De acordo com dados do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 22.169.101 idosos com 65 anos ou mais vivendo no país. É um número 57,4% superior aos 14.081.477 apurados na operação censitária anterior, ocorrida em 2010.

As mudanças ocorridas ao longo desses 12 anos também são observadas quando analisadas a proporção de idosos sobre a população total. No Censo 2010, as pessoas com 65 anos ou mais representavam 7,4% de todos os moradores do país. Já em 2022, elas são 10,9%.

Em sentido inverso, o total de crianças com até 14 anos recuou 12,6%, saindo de 45.932.294 em 2010 para 40.129.261 em 2022. Há 12 anos, essa faixa etária respondia por 24,1% de toda a população. Agora, ela representa 19,8%.

A proporção da população das faixas etárias intermediárias, entre 15 e 64 anos, sofreu leve variação. Em 2010, representavam 68,5% do total. Já em 2022, passaram a representar 69,3%.

Conforme apurou o IBGE, a idade mediana da população brasileira aumentou seis anos, saindo de 29 em 2010 e chegando a 35 anos em 2022. O índice de envelhecimento subiu para 55,2. Isso significa que há 55,2 idosos para cada 100 crianças até 14 anos. Em 2010, o índice era de 30,7.

As regiões do país com a maior proporção de idosos com 65 anos ou mais são Sudeste (12,2%) e Sul (12,1%). Entre os estados, o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram a lista. De outro lado, a população mais jovem, envolvendo crianças com até 14 anos, é mais expressiva no Norte (25,2% do total de moradores) e no Nordeste (25,2% do total de moradores).

 

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