sábado, 29 de junho de 2024
Vitória na Justiça

Casal recupera guarda de filha após sete anos: "depois de tanto sofrimento", diz mãe

Pai foi acusado de abusar de criança, mas conseguiu provar que tudo não passou de um mal-entendido.

25 Jun 2024 - 11h04Por Gabriel Peixoto
Casal segurando o cartaz durante desfile de aniversário de São Carlos em 2017 - Crédito: arquivo/Folha São Carlos e regiãoCasal segurando o cartaz durante desfile de aniversário de São Carlos em 2017 - Crédito: arquivo/Folha São Carlos e região

O caso do casal João Evangelista de Souza Junior e Leonaldi Bezerra dos Santos teve um final feliz. Em 2016, eles perderam a guarda da filha, que na época tinha 5 anos, depois que o pai foi acusado de ter abusado sexualmente da menina, mas em maio deste ano, após uma grande batalha, a Justiça devolveu a guarda definitiva aos pais.

A história ganhou repercussão em novembro de 2017, quando o casal realizou uma manifestação durante o desfile de aniversário de São Carlos. Defronte ao palco onde estavam as autoridades, eles empunharam um cartaz com a frase "Injustiça, devolva nossa filha". A cena despertou curiosidade de muitos que participaram do ato comemorativo. (relembre reportagem publicada no SCA).

Segundo o casal, tudo começou. quando um dia a filha chegou na creche onde estudava alegando dores nas partes íntimas. A escola registrou Boletim de Ocorrência e o caso foi parar na Justiça, que interpretou as marcas da menina como abuso sexual.

O pai e a mãe rebateram a acusação e disseram que as feridas não passaram de um mal-entendido. "Eu andei com minha filha naquele dia de bicicleta e ela caiu antes de entrar na van escolar. Ela entrou na van e foi chorando para escola. Quando chegou lá, ela falou que estava com dores nas partes íntimas. Levaram minha filha para um hospital e interpretaram como abuso", disse.  "Mas ela sofre com inflamação e alergias nas partes íntima. Eles viram a genitália vermelha e interpretaram como abuso sexual e como ela só fica comigo e a mãe, nos acusaram injustamente", disse o pai em entrevista na época.

João, disse ainda, que havia provas da inocência da acusação. "Nós temos provas coletadas pela ginecologista e obstetra Claudia Adão Alves, do Centro Municipal de Especialidades (CEME). Ela mandou um relato para nós sinalizando que a criança não sofreu nenhum tipo de abuso, que a escola errou, que estão todos errados, porque o exame resultou não reagente. A criança não teve nada, a escola está mentindo".

A menina que hoje está prestes a completar 11 anos ficou morando com os tios maternos no bairro Douradinho. Ela foi ouvida no processo e disse se sentir segura e bem cuidada aos lados dos pais e que eles são tudo pra ela.

Casal hoje vive feliz ao lado da filha. (foto: Arquivo pessoal).

Ao São Carlos Agora, João e Leonaldi disseram que foram injustiçados e passaram sete anos sem a filha por um erro da justiça. “Infelizmente por um erro da Justiça, ficamos sete anos sem a nossa filha, mas finalmente conseguimos a guarda definitiva depois de tanto sofrimento e acusações falsas de algo que nunca existiu. Estamos muito felizes com a nossa filha em casa, de onde ela nunca deveria ter saído”.

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