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domingo, 22 de dezembro de 2024
Saúde pública

Câncer de colo do útero: ginecologista de São Carlos alerta sobre importância do diagnóstico precoce

Doença, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente de alguns tipos do vírus do HPV; saiba como se prevenir

27 Mar 2023 - 07h04Por Redação
Rafael Duarte explicou que esse tipo de câncer está ligado quase que exclusivamente à infecção pelo vírus do HPV - Crédito: Comunicação Santa CasaRafael Duarte explicou que esse tipo de câncer está ligado quase que exclusivamente à infecção pelo vírus do HPV - Crédito: Comunicação Santa Casa

O mês da mulher é marcado também pelo Dia Mundial da Prevenção do Câncer de Colo do Útero, no dia 26 de Março. A doença, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos de vírus do HPV (Papilomavírus Humano).

A infecção genital por esse vírus é muito frequente e na maioria das vezes não causa a doença. Porém, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame.
O câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás de mama e do colorretal), e a terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer).

Para 2023, são estimados 17 mil novos casos no Brasil, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres. Já a taxa de mortalidade por câncer do colo do útero foi de 4,60 óbitos a cada 100 mil mulheres, em 2020.

O ginecologista da Santa Casa Clínicas, Rafael Duarte, explicou que esse tipo de câncer está ligado quase que exclusivamente à infecção pelo vírus do HPV, e o grupo mais atingido é o de mulheres sexualmente ativas.

“O que aumenta o risco é ter vários parceiros sexuais diferentes e relação sexual desprotegida, sem preservativo, são grandes fatores de risco para desenvolver o câncer, porque facilitam o contato com o vírus HPV”, explicou Duarte.

Existem duas formas de prevenção para a doença: a primeira é a prevenção primária por meio da vacina, que evita o câncer de colo uterino. Ela é oferecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para meninas meninos na faixa etária de 9 a 14 anos. É necessário tomar duas doses e a proteção é contra quatro subtipos de HPV, dois que causam verrugas genitais e dois provocam câncer de colo uterino.

A segunda é a prevenção secundária, quando se faz o rastreamento precoce de alguma lesão que pode se tornar câncer de colo uterino. Esse acompanhamento é feito por meio do exame de Papanicolau.

“O principal sintoma seria sangramento durante a relação sexual, que a gente chama sinusorragia. Se a paciente tem sangramento durante o ato sexual, deve procurar o ginecologista para avaliação. Podem ser várias coisas, inclusive o câncer de colo”, disse o ginecologista.

O tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por um médico especialista. Entre os procedimentos para o câncer do colo do útero estão a cirurgia, quimioterapia e a radioterapia, e a escolha depende do estágio em que a doença está. A descoberta do câncer logo no começo é fundamental, pois é possível realizar o tratamento menos invasivo do que se diagnosticada de maneira tardia.

“O Ministério da Saúde recomenda que se faça o rastreio de câncer de colo para todas as mulheres sexualmente ativas, entre 25 e 64 anos. O Ministério de Saúde também recomenda a realização de dois exames seguidos uma vez por ano, mas vale a pena consultar o ginecologista para definir qual é o melhor momento de fazer de o exame de Papanicolau”, contou o médico. 

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