Os depósitos de dinheiro da caderneta de poupança superaram as retiradas em R$ 518 milhões em agosto, segundo dados divulgados ontem (4) pelo Banco Central (BC). Trata-se do pior resultado desde agosto de 2006, quando saques superaram os depósitos e a captação ficou negativa em R$ 280,5 milhões.
No mês passado, os saques somaram R$ 135,05 bilhões e os depósitos, em R$ 135,5 bilhões. Foram creditados R$ 3,6 bilhões de rendimentos e o saldo dos depósitos em poupança alcançou R$ 638,4 bilhões, dos quais R$ 499,4 bilhões são do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e R$ 138,9 bilhões da poupança rural.
De janeiro a abril deste ano, a captação líquida chegou a R$ 14,1 bilhões, contra R$ 42,2 bilhões em igual período do ano passado.
Pela regra atual, quando a taxa Selic - a taxa básica de juros da economia - está maior que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a Taxa Referencial (TR), que é variável. Essa fórmula está em vigor desde agosto do ano passado, quando a Selic foi reajustada para 9% ao ano. Quando os juros básicos da economia estão iguais ou inferiores a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a TR.
A fórmula só vale para o dinheiro depositado na poupança a partir de 4 de maio de 2012. Para os depósitos anteriores, o rendimento segue a regra antiga, de 0,5% ao mês mais a TR. Os demais direitos de quem aplica na caderneta foram mantidos, como a isenção da taxa de administração e de impostos.