O jornalismo esportivo brasileiro perdeu neste domingo (19) um de seus maiores nomes: Léo Batista, aos 92 anos. Com uma carreira que atravessou décadas, Léo foi pioneiro na cobertura esportiva televisiva e se tornou uma das vozes mais reconhecidas e respeitadas do Brasil.
Léo Batista, nascido em 22 de julho de 1932, em Cordeirópolis, interior de São Paulo, construiu uma carreira icônica como apresentador, locutor e dublador no Brasil. Filho de imigrantes italianos, ele começou sua trajetória ainda na adolescência, ao trabalhar com alto-falantes em sua cidade natal. Seu pseudônimo, "Léo", foi uma homenagem à sua irmã Leonilda, marcando o início de sua jornada no universo da comunicação.
Aos 15 anos, Léo estreou como locutor na Rádio Clube de Birigui e, posteriormente, passou pela Rádio Difusora de Piracicaba, onde começou a narrar partidas de futebol, incluindo jogos no estádio do XV de Novembro. Em 1952, já no Rio de Janeiro, ingressou na Rádio Globo, onde teve momentos marcantes, como a transmissão do primeiro jogo de Mané Garrincha e o anúncio histórico do suicídio de Getúlio Vargas, em 1954.
Sua incursão na televisão começou em 1955, na extinta TV Rio, onde apresentou o Telejornal Pirelli por 13 anos. Em 1970, Léo passou a integrar a equipe da TV Globo, destacando-se pelo estilo descontraído e cativante.