A operação Apate cumpriu quatro mandados de prisão preventiva, um em Araraquara e três em São Carlos. Seis mandados de busca e apreensão foram expedidos pela justiça federal de São Carlos. A investigação começou no ano passado e descobriu uma organização criminosa que fraudava a previdência por meio de empresas inativas ou fictícias.
A polícia apreendeu muitos documentos, carteiras de trabalho e carimbos usados para criar o vínculo empregatício fictício. Entre os benefícios, estão aposentadoria por idade, pensão por morte e invalidez por doença.
De acordo com o delegado Adriano Rodrigues Junqueira, as quatro pessoas presas, entre elas um advogado, a mulher dele, e um contador, todos de São Carlos, podem responder por falsidade ideológica, estelionato e organização criminosa.
O delegado solicitou junto à Justiça o bloqueio das contas bancárias e o sequestro dos imóveis dos acusados.
Segundo a Polícia Federal, o prejuízo aos cofres públicos pode chegar a quase R$ 6 milhões. Mais de 60 pessoas de São Carlos teriam se beneficiado com o esquema e a investigação agora vai tentar identificar quem são elas.
Os homens presos foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Araraquara e mulher para a penitenciária feminina de Guaíba.
Na mitologia grega, Apate (em grego ?π?τη) era um espírito que personificava o engano, o dolo e a fraude.